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PARANAÍBA

Rochoso

TIPO:

CLASSE:

CLAN:

GRUPO:

SUB-GRUPO:

TIPO PET.:

EST. CHOQUE:

INTERPERISMO:

PAÍS:

ANO:

DESCRIÇÃO:

CONDRITO

ORDINÁRIO

H-L-LL

L

6

S3 ou mais

-

BRASIL - MT

1956

Condrito Ordinário Equilibrado L6, brechado e com sinais de estágio de choque elevado.

PETROGRAFIA:

Na amostra de mão, o meteorito exibe uma textura diferenciada, principalmente por apresentar fragmentos claros, circulares e angulares, bastante variado em tamanho, cortado por um veio escuro e amplas áreas escuras. As áreas claras são devido à recristalização, com poucos côndrulos discerníveis em meio a massa principal. As áreas escuras são claramente derivadas do metamorfismo de choque, fundido em parte, e não exibe mais a textura condrítica. A cor escura dos veios são resultado da abundância de opacos com granulação fina. Dessa forma, o meteorito é uma brecha monomítica de origem de choque. Considerações mineralógicas feitas por Keil et al. (1977) indica que os veios escuros de choque formaram em pressões maiores do que 430kb e temperatura de 1500-1700ºC, enquanto que os fragmentos claros representam porções menos alteradas da rocha e experimentaram pressões de aproximadamente 200kb e temperaturas menores do que 900ºC. Fonte: Gomes & Keil (1980).

GEOQUÍMICA:

De acordo com Keil et al. (1977), as áreas claras do meteorito, que representam a porção menos afetada pelo evento de choque, consiste principalmente de olivina Fa23.7 e piroxênio Fs20.7, com quantidades menores de vidro oligoclásio (maskelinita) Ab83.1An11.3Or5.6, FeNi e troilita. Como mineral acessório tem-se a cromita. As áreas escuras, representando as regiões mais afetadas pelo metamorfismo de choque, são essencialmente formados por vidros com composição variada, gotículas e veios do metal FeNi, assim como fases de olivina e ortopiroxênio fracamente anisotrópicos à perfeitamente isotrópicos. As fases isotrópicas são geralmente sem coloração quando vista através da luz transmitida, mas as vezes são claros à marrom escuro. Fonte: Gomes & Keil (1980).

CLASSIFICAÇÃO:

A composição total e mineralógica da porção clara do meteorito é consistente com o grupo L dos condritos, especialmente os minerais olivina, plagioclásio, ortopiroxênio e cromita estão de acordo com esta classificação. O grupo químico L é confirmado através da química total e das razões Feº/Ni (5.05), Fe/SiO2 (0.52) e Feº/Fe (0.31), assim como a concentração total de Fe total no meteorito (20.86%) e total de FeNi de 7.92. A classificação petrográfica tipo 6, de acordo com Van Schmus & Wood (1967), é devido a uniformidade e homogeneidade composicional dos minerais ferromagnesianos, a escassez de côndrulos visíveis e a textura altamente recristalizada. Fonte: Gomes & Keil (1980).

CLASSIFICADORES:

Não informado pelo Meteoritical Bulletin Database. Uma descrição preliminar foi dada por Arruda (1962) e Amaral (1962). Ramdohr (1973) identificou a presença de calcopirrotita e mackinawita como fases acessórias. Um estudo detalhado sobre o meteorito Paranaíba foi feito por Keil et al. (1977) e Gomes & Keil (1978).

HISTÓRIA:

O Paranaíba teria caído em 1956 a 70 km de Paranaíba na fazenda Can-Can. O meteorito de aproximadamente 100 kg foi recuperado de um buraco de 2 metros de profundidade, porém grande parte deste material foi destruído pela vizinhança. Do mesmo modo que o Bendegó, a população da região atribuía a falta de chuva à retirada do meteorito. As pessoas faziam romaria ao local da queda do meteorito para chover, conta uma senhora entrevistada, e que quando voltavam de lá chegavam molhados pois chovia. No local foi erguida uma cruz. Na literatura consta dois meteoritos na mesma região, sendo que a história dos dois meteoritos parecem se confundir, uma vez que registra que um bom fragmento do Cacilândia foi para o Museu Nacional, contudo essa amostra não existe, apenas o Paranaíba. Praticamente nada se sabe também sobre a história do Cacilândia. Descrição obtida nos documentos de M. E. Zucolotto.

Todas as informações que não possuírem fonte especifica, foram extraídas do Meteoritical Bulletin Database.

Todas as imagens possuem direitos autorais.

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